10 de abril de 2007

Solitude

Cá estou, novamente.

Eu, e você, Mar.
Já mergulhei em suas águas.
Naveguei seus mares.
Conheci suas sereias.
Seus peixes e seres de águas profundas,
E profundos saberes.
Já quase afoguei.
Mas sempre você me salvava,
Com uma onda forte,
Que me colocava de ponta-a-cabeça.
Solto em você, me sentia livre,
Liberto do meu ego,
Das minhas preocupações e frustrações.
Porém, sempre só.
À sós, eu e você,
Rimos das minhas trapalhadas.
E discutíamos meus medos, sem pudores ou neuras.


Cá estou novamente, Terra.
Andei pelos campos.
Planaltos e desertos.
Desbravei matas.
Subi e desci montanhas e morros.
Sobre você derramei meu suor,
(e algumas vezes, lágrimas)
E, em troca, recebi seu calor;
Um lugar para adormecer;
A firmeza para meus pés.
E a sensação de que tudo estava em ordem.
Me mostrava o quanto sou forte,
Mas também o meu limite.
E o quanto preciso ainda saber.

Meu corpo se fortalece a cada dia,
E meu espírito também.
Eles fazem rizoma com tudo e com o Todo.
E assim, cada dia, mudo.
Me torno outro.
Banhando-me em águas distintas,
Andando por terras distintas.
Eu, novamente, me re-novo.
(E sigo caminhando)






Solitude
My name it means nothing
My fortune is less
My future is shrouded in dark wilderness.
Sunshine is far away, clouds linger on
Everything I possessed - now they are gone.

Oh, where can I go to and what can I do?
Nothing can please me only thoughts are of you.
You just laughted when I begged you to stay
I've not stopped crying since you went away.

The world is a lonely place - you're on your own
Guess I will go home - sit down and moan
Crying and thinking is all that I do
Memories I have remind me of you.

(Black Sabbath, álbum "Master of Reality", 1971)

Nenhum comentário: