A vereda onde passa o cão.
Vai seguindo só na contra-mão.
Não importa se sobe ou desce.
O caminho que era se esquece.
O desejo e a vontade se vão.
E você se arrasta no chão.
Passa o tempo de trás para frente.
O passado se torna presente.
O reverso do inverso se aflora.
E o espelho se abre na hora.
O saudável se torna doente.
E o sábio se torna demente.
Estes versos não falam de nada.
São palavras de contos de fada.
Mas o que anda na sua superfície.
É trabalho de outro artífice.
Sua rima parece encantada.
Mas na nona está acorrentada.
25 de novembro de 2005
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Um comentário:
E não é que o moço aí é poeta também??
Uia...
Surpresa boa... :)
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